Pandemia – Programação de volta as aulas em Fevereiro
Estado de São Paulo libera voltas às aulas para início em fevereiro, contudo será que as escolas e os professores estão preparados para receber os alunos.
O estudo revelou que em um total de 5.209 unidades escolares, 99% delas não possuem enfermaria, consultório médico ou ambulatório. Além de que 82% das escolas não têm mais do que dois sanitários para uso dos estudantes, ou seja, 93,4% das turmas escolares teriam de ser adequadas para obedecer ao distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os alunos, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo o levantamento, “ao olhar para as edificações escolares se verifica que não possuem garantias de ambientes saudáveis para os alunos e para os servidores que ali trabalham neste momento de pandemia”. O mesmo ocorre com as escolas municipais e parte das escolas das redes privadas de ensino.
Mesmo assim, escolas particulares de três cidades da Região Metropolitana de São Paulo foram autorizadas a reabrir, inicialmente para atividades de orientação e reforço, depois de mais de seis meses fechadas. Em Santana de Parnaíba, a cerca de 40 quilômetros da capital, instituições privadas voltaram a receber alunos com protocolos rígidos de higiene, incluindo salas reserva e de isolamento.
Segundo os protocolos do governo estadual, devem ser respeitados os limites de até 35% dos alunos no ensino infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental e de até 20% dos alunos para os anos finais do fundamental e para o ensino médio.
Em reunião virtual realizada na segunda-feira (21), da Diretoria Estadual Colegiada (DEC) da Apeoesp decidiu intensificar a luta contra a volta às aulas presenciais. A DEC reafirma orientação às subsedes para que continuem dialogando com prefeitos e prefeitas solicitando audiências e protocolando ofícios com o objetivo de decretarem a proibição da volta às aulas presenciais em todas as redes.
De acordo com a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, “não foi tomada nenhuma providência, durante todo o período da pandemia para melhorar a estrutura das escolas e do quadro de funcionários, limpeza da rede de ensino.” “Nossas escolas públicas não possuem as mínimas condições para a proteção da saúde e da vida dos professores, estudantes, funcionários e, dessa forma, também de seus familiares”, garante.
Fonte: revistacipa